terça-feira, 11 de janeiro de 2011

"Hold It Against Me"


Às vezes o Reborn se torna mais interessante do que o Show Up, uma vez que a expectativa oriunda de pessoas sedentas por coisas novas vindas de artistas de longa data, sempre foi motivo para muito rebuliço no mundo Pop.

Exemplo disso é o novo single de Britney Spears "Hold It Against Me" que já embala e estoura nas rádios norte-americanas. Para muitos a nova música de Spears remete a sucessos já consagrados no ano passado como "Take It Off" da Ke$ha e outros similares, mas a voz ímpar da cantora (a lá Marlyn Manson's effects, ou não) deu um ar mais sexy ao novo som, característica marcante da princesa do Pop revelada nos seguintes trechos da música:

"Gimme something good
Don't wanna wait I want It now (na-na-now)
Pop It like a hood
And show me how you work It out"

"If I said I want your body
Would It Hold It Against Me?"



Prólogo

Os amantes de baladas possivelmente dançarão a canção com um plus de batidas mais intensas em remixes já no próximo fim de semana, afinal o single vazou ontem (10) na internet. Cabe agora aguardar o video-clipe, que segundo o empresário da cantora, Adam Leber, será espetacular.




Foto: Divulgação

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O NATIVO

Nativo não se desfaz em ouro,
Cobiça minha carne, em puro desosso.
Na morte encontro o pai de todos os destinos,
Filho dos relógios encabeçados pelos homens
Nada não existe e tudo é mentira.

Avermelha-se minha alma,
Condessa meu pecado,
Provoca meus sentidos
Então, me atrai na melodia do grito sem fim,
Pois eu sou o mal intrínseco à leveza.

Agora eu te peço:
Repudie minha penumbra,
Porém ame minha libido,
Cativa minhas pernas
E me faz caminhar sobre as águas do seu pesadelo.

Grandiosa seja a trombeta que lhe vale no céu,
Constelando a desgraça do nobre réu da alfândega
Que corrupto e sujo sobressai a serpente
Nativo não se desfaz em ouro.

Nativo não se desfaz em ouro,
Mas prostitui a virilidade.




Por João Paulo Feliciano

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Mr. Capitalism - The New Super-Hero


Foi-se o tempo em que as crianças ainda ficavam ansiosas para brincar na rua após a escola, ou então visitar a casa de um amigo, e outras coisas simples que as proporcionava felicidade pura.

Uma vez instituído o sistema Liberal, nos dias atuais tudo se tornou muito mecânico, as relações, a maneira de se comunicar e educar. Dentro deste contexto, destaca-se a educação infantil agora por muitas vezes encontrada na TV. Os pais sempre muito ocupados, com jornadas de trabalho que giram em torno de oito horas por dia, como não podem cuidar dos filhos, então, acabam os deixando em casa na presença de uma doméstica que tem a função de alimentá-los; no mais as crianças ficam em frente à TV, ou internet, contudo, a primeira é mais frequente e influente pois ataca diretamente, sem chance de escolha da ‘presa’.

E é aí onde ocorre a “Analfabetização Capitalista”, processo pelo qual se atrofia a parte do cérebro mirim responsável pelo desenvolvimento criativo e lúdico. As consequências são terríveis, indivíduos cada vez mais individualistas e violentos, capazes de desacatar todos ao seu redor.

E tudo isso provém dos tipos de programas que são exibidos. E os desenhos têm sido os que mais agravam os sintomas, já que jamais houve tanta exploração e vendagem de super-heróis.

Desde a TV ao Cinema, a imagem de personagens com super-poderes fazem sucesso, e vendem muito, seja nos produtos que levam suas caricaturas, ou marcas, bem como jogos, materiais escolares, e etc. E essa dominação geral do mercado só complica o que propõe discutir-se com esse artigo: a criação de estereótipos pelos desenhos animados.

Valores Estabelecidos

O principal enredo dos desenhos de super-aventura dos tempos atuais reforçam a questão do mal e do bem, e com isso enaltecem cada vez mais a relação de hierarquias que permeia o sistema Capitalista. Ou seja, sempre tem que haver um vencedor, uma competição (ou batalha), um personagem que se sobressai sobre os demais, tudo isso para fixar em quem assiste esse tipo de material com essa ideologia, o espírito da individualidade e da autonomia.

Além disso, esse tipo de desenho também estabelece vários padrões de beleza, pelo menos no que diz respeito aos corpos esculturais dos mocinhos e as formas horrendas dos vilões. Logo, o que é feio é ruim e mal, e o que é bonito é bom e do bem.
Até quando essa fábrica suja de produção de indivíduos mais sujos ainda vai continuar? E o que você está fazendo para não deixar que o seu filho, ou irmão, primo, se torne mais um servo do Mr. Capitalism?

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

"Paranóia High-Tech"


"Paranóia high-tech é síndrome
Contagioso manipulador!
Antiga batalha, o homem e seu pavor,
Nocivo se paralisa!"

(PITTY, Medo, faixa três de Chiaroscuro - 2009)

O pequeno fragmento retirado da música referida acima, instiga refletir sobre o quão vulnerável o homem é no meio que ele mesmo cria, aonde torna-se alvo das armadilhas tecnológicas acopladas nos produtos consumidos; esses gerados pelo Capitalismo.

E ressalta-se que, a medida com a qual o indivíduo vai percebendo o mundo, ele explicita seus sentidos, e consequentemente aprimora sua comunicação.

Partindo disso, da mesma forma que o ser humano evolui, as ferramentas comunicativas e/ou midiáticas seguem o mesmo caminho. Contudo, cabe questionar se a tecnologia tenta suprir os anseios do homem, ou esse tem que despender cada vez mais conhecimento, para alcançá-la.

E se faz necessário ser compreendido que com o advento dos novos produtos, sempre mais high-tech e a nova configuração social consumista, a qualidade de tais produtos torna-se inversamente proporcional a velocidade com a qual eles se sofisticam.


Foto: http://ocomprimido.tdvproducoes.com/wp-content/uploads/2008/03/manipulacao.jpg

(Foto modificada em 17 de Setembro de 2010, por João Paulo Feliciano, transformação das cores para preto e branco)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Saudade do 'Ideias' já, então posto aqui meu Último Relatório de História da Arte, por favor leiam...


RELATÓRIO – HISTÓRIA DA ARTE

A arte sempre acompanhou a evolução da história, independente do estágio em que se encontravam as técnicas para se produzir, sempre houve quem a fizesse a seu modo e por determinada influência da época.

Desde as cavernas até os dias atuais, muita coisa mudou como: os traços, os lugares onde fazer arte, o modo como fazer e também as inspirações e intenções por de trás de toda obra.

É sabido por todos que o tipo mais rústico de arte é a pintura nas cavernas, e que ela representava a rotina dos homens pré-históricos, exprimindo quase sempre a caça, ou simplesmente os animais. Os artistas dessa era dispunham de tintas advindas da natureza e usavam seus dedos para pintar.

Com o passar dos anos o ser humano vai deixando de lado seu puro “instinto”, e evolui adquirindo hábitos intrínsecos ao âmbito vivido. Como, por exemplo, na Grécia, nos períodos antes de Cristo, onde se exaltava a perfeição e a sabedoria. Tudo era feito com traços perfeitos, os corpos esculpidos seguiam a mais perfeita simetria, e em geral o alto padrão de beleza da época evidenciava-se.

Mas, o que é arte? E ainda mais, para o quê ela serve? Como dito antes por acompanhar a evolução da história, a arte deixa de ser simplesmente ornamento ou entretenimento para representar toda uma cultura de um povo em determinado tempo.

Por muitas vezes a arte é capaz de estar sobre tudo, onde se vê se encontra arte, ou tudo que existe pode vir a tornar-se arte. E em conseqüência disso, coisas simples do cotidiano se tornam obras artísticas pelas mãos de muitos, e nesses registros feitos a história impregna-se. Por exemplo, uma simples fotografia antiga pode dizer qual a hierarquia familiar estabelecida da época, quais os valores a serem seguidos, bem como as técnicas que permeavam a sociedade para a produção da tal fotografia.

Em se tratando de uma arte estética voltada ao exibicionismo, e somente a isso, remetemo-nos a famosa Arte pela Arte, onde enaltece-se as linhas, formas e cores. É a arte simplesmente em osso, ou seja, desagregada de sentido, moral ou crítica.
Esse tipo de arte revela-se muito ligado ao que podemos chamar de Estética, ao mero dispositivo do encantamento, da vislumbração vazia.

Em contra partida, como referido anteriormente a Arte não se vincula somente ao entretenimento, mas também ao registro histórico; além destes podemos citar a propriedade da Arte de alta criticidade.

Nomeamos de Arte Engajada, aquela que pode representar determinada situação, onde pode por ela mesma discutir sobre tal. Muitas vezes chocando, levando ao espectador, observador, ouvinte, etc. ao supra-sumo de emoção, exacerbando os sentidos, podendo consequentemente modificar a conduta e um indivíduo perante acontecimentos adversos de sua vida particular e concernentes a obra observada.

domingo, 18 de abril de 2010

Competição


Desde muito pequenos os homens aprendem a competir. Sempre há alguém tentando mostrar que pode mais do que o outro, seja em um desafio nas simples brincadeiras de rua, seja nas atividades escolares do tipo "quem termina primeiro a lição".

E ao decorrer da vida percebe-se que o instinto competitivo intríseco ao indivíduo se aflora, as crianças que disputavam uma bola, uma corrida, uma resposta correta no colégio, a companhia mais bonita, tornam-se pessoas de negócio. Essas agora mergulhadas na política da empresa para que servem (servos) disputam a qualquer custo seu lugar no mercado. Aprendem que podem se sujar desde que ascenda sobre um outro.

Contudo, é muito bonito o que a competição gera nas pessoas, todos são capazes de torcer por pessoas que nunca conhecerão em vida. Emocionam-se ao ver seu time ganhar, odeiam quando o candidato à um milhão de reais, para o qual torcem, é eliminado. Absolutamente tudo hoje no mundo é competição. A corrida armamentista não para de crescer, e como colocou um experiente jornalista uma vez a base do crescimento é a "inveja".

A inveja muitas vezes é progenitora da rivalidade e compate entre dois ou mais pólos conflitantes, em qualquer âmbito.

* Estamos nos tornando vítimas da competição, ou soldados munidos da mesma?


.Entre as nuvens no céu não existem degruas, é tudo planificado.




Foto: http://greywolf.critter.net/images/gallery/meka/white-knight-1.gif

sábado, 17 de abril de 2010

Perdendo-se no Cosmo da Realidade : A Guerra-Moral


O homem sempre sonhou ser mais do que suas capacidades básicas. E, na verdade, conseguiu. Alcançou os mares e também o céu. Desconfigurando o passado, formatando o presente e "prototipando" um futuro.

Monstrando-se mais que um simples indivíduo frente a qualquer desafio, tornou-se responsável pelas mudanças de realidade. Mas afinal, o que é realidade? Para definir tal ,é preciso fazer outra pergunta, o que é verdade? E ligadas a essa, o que é certo? O que é errado?

Apresenta-se pois o arranjo de termos intimamente entrelaçados por suas essências: Realidade / Verdade / Certo ou Errado. Juntos podem causar um nó na mente de qualquer um (mero mortal) que ousar explicá-los. Mas, cruelmente, todos sabem definir cada palavra supracitada, pois cada um vive sua realidade, sua verdade, e tem seus valores que definem, e disinguem, o certo do errado. Logo, por serem aspectos muito particulares de cada povo, cada cultura, viu-se surgir com o tempo a guerra-moral, embates entre doutrinas e ideologias opostas. A guerra-moral mata como qualquer outra guerra, muitas vezes ela é o prelúdio de uma, com bombas e todo o arsenal que compõe os cenários cinzas das batalhas.

Por sorte, homens sábios, mais evoluídos do que os maquinicistas precursores das naves aéreas e marinhas, inventaram o antídoto da guerra-moral: o respeito. Pai e filho da boa educação, nascido do sangue de humilhados, e subalternizados pelo mundo, o respeito vestiu vários corpos de grandes pessoas comuns. E sempre enobrecer-se-á aquele que comunga desse pão sem medo do amanhã.

.Almas limpas.