sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Homossexualidade na Turma da Mônica


Maurício de Sousa criou em uma de suas ultimas histórias seu 1º personagem “supostamente” gay.



Na sexta edição da revista da Turma da Tina, um dos personagens chamou atenção. O suposto primeiro homossexual dos quadrinhos de Maurício, Caio, aparece como melhor amigo de Tina, e em um dos momentos da história ele se assume comprometido e busca outro rapaz para confirmar sua fala. O que faz supor sobre a sexualidade do garoto é a expressão estampada na cara do personagem Miguel. Além disso, na mesma história Tina faz um discurso sobre preconceito.

Em entrevista concedida ao programa Roda Viva, da TV Cultura em setembro deste ano, o desenhista e empresário, Maurício de Sousa após pergunta referente à futura criação de um personagem gay, diz que transpõem em suas histórias fatos do contexto atual da sociedade, e vê a possibilidade do surgimento de um personagem homossexual quando a sociedade assim receber e aceitar bem a comunidade gay.
Contudo, sabe-se que em muitas obras as ideias encontram-se nas entrelinhas. O que se percebe é que, o desenhista, quis tratar de maneira sutil a temática gay para o grupo jovem, uma vez que a revista é destinada a esse público.

Sabe-se que cada vez mais a homossexualidade vem ganhando espaço, acesso e respeito na sociedade. Em datas recentes, viu-se o casamento gay ser instituído como processo civil em várias regiões do mundo, inclusive em algumas cidades do Brasil.
O fato é que, os movimentos e discussões sobre orientação sexual vêm se explicitando no meio social mais facilmente, assim sendo, vê-se a queda de tabus e barreiras preconceituosas.

E o espaço cultural tem sido forte aliado na derrubada desses muros que vetam os homossexuais. Um grande acervo de clipes, músicas, filmes, novelas, publicidades, gibis e etc. exemplificam esse apoio vindo da cultura.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Os Muros


Na próxima segunda-feira,(09), a queda do muro de Berlim completa 20 anos. Caracterizada por findar uma barreira política, a queda uniu os dois polos sistêmicos do mundo: socialistas e capitalistas.

Interesses comerciais e particulares levavam um grande fluxo de pessoas à buscar o além do muro. Muitos desses aventureiros, considere-os assim de passagem, morreram ao tentar alcançar o que desejavam, mas graças a um erro de informação o muro foi ao chão. A República Democrática Alemã (comunista), do lado oriental, divulgou que liberaria a passagem de pessoas do lado seu lado para o ocidente, prevendo efetivar-se no dia 10 de novembro de 1989. Porém ao ser questionado, em coletiva, quando seria possível ocorrer o livre fluxo, o porta-voz do governo por falta de segurança disse que se validava imediatamente. Por conseguinte, o povo foi às ruas munidos de martelos e unificaram as Alemanhas.

Por analogia, quantos muros já foram quebrados e quantos ainda vão ser? Quantos ainda se constroem? Quantos precisam ser?

Os nossos muros não são sólidos, a maioria deles está na cabeça dos medrosos em ceder e compreender o próximo. O medo de amar só se faz ser isolado.


...até no céu {R}...